Educação Popular: perspectivas emancipadoras dos sujeitos privados de liberdade*


Raiane Patrícia Severino Assumpção, unidade III, Unifesp, raianeps@uol.com.br 
Lílian Rúbia da Costa Rocha, unidade III, Unifesp, lilianrubia@gmail.com
Marilia Marques Nunes, unidade III, Unifesp, lila_marques5@hotmail.com
Marilyn Satiko Konishi, unidade III, Unifesp, okitas1984@hotmail.com
Elisa Vidal, unidade III, Unifesp, lola_101420@hotmail.com
et alli: Thalita Vianna Miranda, unidade III, Unifesp, thalitavmiranda@yahoo.com

  O Projeto de Extensão “Educação Popular - criando e recriando a realidade social” é uma iniciativa dos alunos, técnicos e professores do curso de Serviço Social do campus Baixada Santista da Universidade Federal de São Paulo e é apoiado no projeto politico-pedagógico desta universidade, que articula atividades de ensino, pesquisa e extensão à ampla formação educacional, cultural e científica de seus alunos.
   Este projeto tem como perspectiva aproximar o aluno da realidade local e regional visando à construção de novos conhecimentos e geração de processos de transformação da realidade dos sujeitos envolvidos. Além disso, também propõe a construção de um processo formativo a partir do referencial teórico-metodológico de educação popular freiriana, entendendo a educação popular como uma ação educativa comprometida com as classes populares, na construção do conhecimento e da transformação social.
   O projeto é composto por três frentes de ação. Uma delas propõe a realização de atividades pedagógicas em unidades prisionais femininas, com o objetivo de potencializar o sujeito a partir de ações reflexivas, acerca de seus direitos.
   Para aproximação do universo prisional definiu-se como a primeira atividade a análise de mil redações do concurso literário “Escrevendo a Liberdade”, ocorrido em 2007 nas unidades prisionais brasileiras, tendo os internos como participantes. Para essa análise, empregaremos, sobretudo, a metodologia do discurso do sujeito coletivo, na intenção de dar legibilidade e clareza ao imaginário em que se sustentam as representações sociais dos detentos.
   No segundo momento serão realizadas atividades de sensibilização nas unidades prisionais femininas, no intuito de humanizar as relações no cárcere. Para isso serão usadas diversas linguagens como música, teatro, fotografia, etc. Através desse primeiro contato de aproximação e compreensão da realidade, elaboraremos oficinas com temáticas diversas a partir das necessidades das internas.

*Texto publicado no Caderno de Resumos do COPEX - I Congresso Paulista de Extensão Universitária - 2010

Postagens mais visitadas deste blog

O que é Educação Popular?

III FÓRUM DE EDUCAÇÃO POPULAR E ANIVERSÁRIO DO PET

Lista de Cursinhos Populares do Estado de São Paulo